22.11.10

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Nessa direção
da janela aberta
vem o Murundu,
o bicho-papão
metendo medo em
quem anda acordado
inda a essas horas.
Em outro lugar
cisma outra criança.
Triste é não poder ter um outro vôo
que não o poético
da imaginação
para a consolar.
E assim ficamos
entre o querer
estendendo as mãos
e deixando-as
cair.

Olga Savary
Imagem: dunya zakharova

21.11.10

sean-cabelos-grandes-com-ondinhas
(ihihihih)

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20.11.10

das memórias boas
todos os dias, eu crucifico-me, lá lá lá




Crucify, Tori Amos

10.11.10

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First the tide rushes in
Plants a kiss on the shore
Then goes out to sea
And the sea is very still once more

So I rush to your side
Like the oncoming tide
With one burning thought:
Will your arms open wide?

At last we're face to face
And as we kiss through an embrace
I can tell, I can feel you are loved
You are really, really mine
In the rain, in the dark, in the sun

Like the tide at its ebb
I'm at peace in the web
Of your heart's arms
Of your arms

Untitled (ebb tide), Bonnie Prince Billy

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Quem somos, senão o que imperfeitamente
sabemos de um passado de vultos
mal recortados na neblina opaca,
imprecisos rostos mentidos nas páginas
antigas de tomos cujas palavras

não são, de certo, as proferidas,
ou reproduzem sequer actos e gestos
cometidos. Ergue-se a lâmina:
metal e terra conhecem o sangue
em fronteiras e destinos pouco

a pouco corrigidos na memória
indecifrável das areias.
A lápide, que nomeia, não descreve
e a história que o historia,
eco vário e distorcido, é já

diversa e a si própria se entretece
na mortalha de conjecturados perfis.
Amanhã seremos outros. Por ora
nada somos senão o imperfeito
limbo da legenda que seremos.


Rui Knopfli
Imagem: belozerov

8.11.10

humpft.

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Harold's Planet

7.11.10

Sobre a nudez forte da verdade
O manto diáfano da fantasia.


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Eça de Queirós
Imagem: abre los ojos