16.6.08



Entre morrente
e garras como flechas,
hesita-se de espanto:

sem saber da razão
do renascer

Que o azul lhe foi todo,
e estrelas: largas,
e um bolso cheio de amor
pela clareira
Agora:
só savana
em estado liso

Reconverter as coisas:
sonhar essas estrelas
em plêiade
de vento
– e recordar

Há feridas tão ferozes,
tão de nuvem rasante
em tempestade,
que a solução:
voraz

Depois disso, o que resta:
montículo de areia
ou fio de pedra

(a fingir-se de luz)

Ana Luísa Amaral

Imagem: yooanna

2 comentários:

nOgS disse...

Que renasçam muitos abraços curativos dessa dor.


Beijo

menina tóxica disse...

nogs, obrigada ;)) bjinho*