30.8.08



vamos então falar de árvores antigas abrigos e
outros ventos. olá: diz-me o teu nome (se quiseres)
tenho dois ou três pensamentos (nunca mais que)
penso já em escrever o romance das brisas húmidas.

uma vez li um poeta que dava vida aos castelos
ensinou-me: pequenos cheiros à margem dos
sentidos não te prendas à noite (a visão mais
perfeita do mar é tomada do cimo das falésias).

queria agora acrescentar-me a ti mas (sabes?)
faço destas linhas a eternidade algo assim
como o diálogo (nosso) entre o corpo e o riso

resta ficar dentro dos dias. é verdade: de que
me querias falar? perdoa mas a manhã está-se
a esgotar (não tenho tempo: a perder)

João Luís Barreto Guimarães

Imagem: firehelmet

2 comentários:

Menina Limão disse...

apaixonei-me pela foto. depois, pelo poema.

*

menina tóxica disse...

paixão de limão :)