Anoitece.
No promontório a oeste,
as aves do mar parecem adormecidas.
Uma única estrela acende a sua luz sobre o
horizonte,
sobre as lanternas brancas e azuis,
sobre a inquietação dos peixes vermelhos.
Mas nada se ouve.
Ninguém bate à porta,
os amigos são apenas uma palavra vazia,
sepultada para sempre.
Silenciosamente,
duas lágrimas descem o meu rosto,
na varanda deste hotel,
entre as árvores do fogo e a noite em ruínas.
Fecho os olhos.
Dói, às vezes docemente, dói a vida.
José Agostinho Baptista
Imagem: Hannah Starkey
3 comentários:
texto magnífico... e tão bem ilustrado:) *
ultimamente, os poemas que colocas aqui, estão em sintonia contigo*
(:
é telepatia :p*
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