24.4.12



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Estamos aqui.
Interrogamos símbolos persistentes.
É a hora do infinito desacerto-acerto.
O vulto da nossa singularidade viaja por palavras
matéria insensível de um poder esquivo.
Confissões discordantes pavimentam a nossa hesitação.
Há uma embriaguez de luto em nossos actos-chaves.


Aspiramos à alta liberdade
um bem sempre suspenso que nos crucifica.


Cheios de ávidas esperanças sobrevoamos
e depois mergulhamos nessa outra esfera imaginária.
Com arriscada atenção aspiramos à ditosa notíciade uma perfeição especialista em fracassos.
Estrangeiros sempre
agudamente colhemos os frutos discordantes.



Ana Hatherly
Imagem: Laura Redburn