1.7.14

devagar
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Nada entre nós tem o nome da pressa.
Conhecemo-nos assim, devagar, o cuidado
traçou os seus próprios labirintos. Sobre a pele
é sempre a primeira vez que os gestos acontecem. Porém,

se se abrir uma porta para o verão, vemos as mesmas coisas -
o que fica para além da planície e da falésia; a ilha,
um rebanho, um barco à espera de partir, uma palavra
que nunca escreveremos. Entre nós

o tempo desenha-se assim, devagar.
Daríamos sempre pelo mais pequeno engano.


Maria do Rosário Pedreira
Imagem de autor para mim desconhecido: Ana Kras & Devendra Banhart


1 comentário:

Ana disse...

este post é tão mágico :) de quando a quando volto cá, não só, mas principalmente, para o (re)ler.