3.3.07



(...) Vá, vá! Para pôr um termo, tentar pôr um termo, a esta condição, voltei ao banco, ao anoitecer, à hora em que ela costumava vir ter comigo. Não havia sinal dela e esperei em vão. Já era Dezembro, ou até Janeiro, e estava o frio próprio da estação, quer dizer, muito bem, muito certo, perfeito, como tudo o que é próprio da estação. Mas uma coisa é a hora do relógio, e outra a do ar e do céu que mudam, e outra ainda a do coração.

Samuel Beckett, in Primeiro amor

3 comentários:

Anónimo disse...

Melhor definição para a relatividade do Tempo??? É impossivel, nem Einstein se lembraria de semelhante descrição, porque as melhores descrições, sublimes, porque existem descrições sublimes que saem em sons formando palavras, pertencem aos apixonados... E melhores ainda aquelas dos eternos enamorados, sim porque há amor eterno, ecredito nisso, mas também acredito que o amor de uma mulher pode ser umenso, mais imenso do que o Universo (sendo este infinito!!!)...

É como definir numa palavra o indefinivel... ora tentem lá!?

Anónimo disse...

:')


Miúda atómica

Anónimo disse...

"Mas uma coisa é a hora do relógio, e outra a do ar e do céu que mudam, e outra ainda a do coração."
Pois é, pois é... :)