Iremos juntos sozinhos pela areia
Embalados no dia
Colhendo as algas roxas e os corais
Que na praia deixou a maré cheia.
As palavras que disseres e que eu disser
Serão somente as palavras que há nas coisas
Virás comigo desumanamente
Como vêm as ondas com o vento.
O belo dia liso como um linho
Interminável será sem um defeito
Cheio de imagens e conhecimento.
Sophia de Mello Breyner Andresen
in Antologia Mar
Embalados no dia
Colhendo as algas roxas e os corais
Que na praia deixou a maré cheia.
As palavras que disseres e que eu disser
Serão somente as palavras que há nas coisas
Virás comigo desumanamente
Como vêm as ondas com o vento.
O belo dia liso como um linho
Interminável será sem um defeito
Cheio de imagens e conhecimento.
Sophia de Mello Breyner Andresen
in Antologia Mar
3 comentários:
Tristemente, as ondas que com o vento vêm logo se vão...
O mar será como a vida: em cheias presenteia-nos e em marés vazas dá-nos mais uns metros de praia para andar e conhecer.
PS - o som do mar é calmaria no interior do mau espirito. é o que mais me sossega, pinto com as cores que quiser e amar...
gosto muito da foto a preto e branco...
:) a imagem é do Million Dollar Hotel, do Wim Wenders.
e já agora, lembraste-me o que o Tom diz: 'Wow, after I jumped it occurred to me life is perfect, life is the best, full of magic, beauty, opportunity... and television... and surprises, lots of surprises, yeah. And then there's the best stuff of course, better than anything anyone ever made up, 'cause it's real...'
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