Esta noite morri muitas vezes, à espera
de um sonho que viesse de repente
e às escuras dançasse com a minha alma
enquanto fosses tu a conduzir
o seu ritmo assombrado nas trevas do corpo,
toda a espiral das horas que se erguessem
no poço dos sentidos. Quem és tu,
promessa imaginária que me ensina
a decifrar as intenções do vento,
a música da chuva nas janelas
sob o frio de fevereiro? O amor
ofereceu-me o teu rosto absoluto,
projectou os teus olhos no meu céu
e segreda-me agora uma palavra:
o teu nome - essa última fala da última
estrela quase a morrer
pouco a pouco embebida no meu próprio sangue
e o meu sangue à procura do teu coração.
Fernando Pinto do Amaral
Imagem: brambura33
2.6.08
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13 comentários:
Gosto muito disto maravilhoso.
muito boas, mo’ gostou muito, da mesma maneira que o blog, obrigado muito
gosto muitíssimo do fernando pinto do amaral :) ainda tenho de dar um saltinho à feira do livro a ver se o encontro por lá :) a primeira vez que o ouvi foi no teatro são joão :) mais um exemplo de palavras bonitas!
gosto tantoooooo deste poema... não tens noção! :D
(foto mais lindaaa!)
beijinho*
este poema é magnifico!
existem noites assim...
também adorei este poema assim muito muito ;))
este poema é muitíssimo imagético!
é lindo, lindo. ainda por cima c esta foto...
beijinhos
beijinho menina rainha ;)
o Pinto estava armado em bom? (ou é impressão minha?)
pois estava estava.
e tem pinta, o Pinto, ah? :)
fico lixado com estes gajos.
um gajo a labutar num armanço em assim-assim, e vêm-me estes pão d'alho a armar-se em bons!..
(isto dá cabo de qualquer um.
e em certas ocasiões, chega mesmo a dar cabo de qualquer dois)
beijinhos
sim sim. como se tu não te armasses em bom assim muito de vez em quando.
(eu não disse, que levavas outra vez?)
chiça!, estou aqui estou uma só coisa, com muitas nodoinhas negras à volta.
(tens a certeza que as tuas mãos são de menina? tu confirma lá isso, porque são pesadas pa xuxu)
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