Sem amor
Viver sem amor
É como não ter para onde ir
Em nenhum lugar
Encontrar casa ou mundo
É contemplar o não-acontecer
O lugar onde tudo já não é
Onde tudo se transforma
No recinto
De onde tudo se mudou
Sem amor andamos errantes
De nós mesmos desconhecidos
Descobrimos que nunca se tem ninguém
Além de nós próprios
E nem isso se tem
Ana Hatherly, in A Neo-Penélope
Imagem: leftonthebed
11.2.08
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10 comentários:
e eu que estive com esse livro na mão e não encontrei esta preciosidade :) agora tenho de o ter! não sei se sabes a história da editora &etc... dp conto-te! mas em relação ao poema o que dizer senão que... ai é tão, tão tão verdade o que a ana hatherly escreveu. não selecciono nenhuma parte porque todo o poema é precioso, é daquelas coisas que se sente e é tão dificil de exprimir mas aqui foi feito na perfeição :) não se poderia dizer melhor o que é viver sem amor!
:) é lindo. os outros também.
sei sim a história e gosto muito dos livrinhos dela*
com amor andamos atormentados pela ebulição da paixão
sem amor andamos atormentados pelo vazio
gajos complicados, hã?
tinta no bolso, complicados é favor.
pior é quando:
(...)
descobrimos que nunca se tem ninguém
além de nós próprios
e nem isso se tem
*
isto é uma qualidade da poesia
é tão forte que nos faz um buraco no peito
mas estranhamente gosta-se
quem souber que explique
O Amor faz certas partes do mundo girar, tu pareces estar incluida em essas algumas partes *
tina no bolso, não acho que seja só uma qualidade da poesia: é uma qualidade da boa escrita :) saber dizer algo que toda a gente sente de forma tão inédita, inovadora e verdadeira! :)
tinta no bolso,não explico.
esses buracos no peito são bons, sim :)
h. aires, oh, :)
nuvem, acho que existem vários tipos de 'buracos no peito';)*
muito bom!
a.h. tem realmente coisas muito, muito brilhantes!
:))
gosto muito do pouco que conheço dela.
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